terça-feira, 25 de setembro de 2007

Metro : terça.25.setembro.2007



PJ Harvey: White Chalk
"Silence"






Beirut: The Flying Club Cup
"A Sunday Smile"
(download mp3)





Little Wings: Soft Pow'r
"Scuby"
"Saturday"
"Beep About"




Spokane: Little Hours

"Minor Careers"

"If There is Hope, it Lies in the Proles"





Scout Niblett: This Fool Can Die Now
"Dinosaur Egg"





apanha e selecção de temas por: Inês Patrão e Pedro Arinto

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

sexta-feira, 21 de setembro

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

foi isto, mais coisa menos coisa, desta feita com a sempre agradável presença de joão "terence hill" terêncio, que se promete assídua a partir de agora.

beijinhos para vós.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Du trash Biolay

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O percurso de Benjamin Biolay tem sido marcado por uma difícil relação com a imprensa francesa e com os seus pares. Quando em 2001 surgiu, desde logo um horizonte auspicioso lhe foi traçado, por aqueles com quem tinha trabalhado na altura, e pelos que nele adivinhavam um novo Gainsbourg. Co-responsável pelo ressurgimento de Henri Salvador, compôs também vários temas para a sua companheira à altura, Keren Ann Ziedel (temas esses a serem encontrados em La biographie de Luka Phillipsen).

À conta do seu primeiro trabalho, Rose Kennedy, a chanson française, adormecida numa estética perdida nos anos 60, reencontrava finalmente um seu intérprete. A poesia latente em cada um dos seus temas remetia-nos para as décadas douradas da Côte d'Azur. Ao longo de todo o álbum, a sua voz intimista era interrompida por diálogos, feitos de samples cinematográficos, assim como de recursos jazzísticos, aos quais não seria estranho o passado adolescente de Biolay. Tratava-se de um álbum elegante e revivalista, dominado por um tímido rapaz de Lyon.



Com Négatif, Biolay viu o seu estatuto ser elevado de tal forma que qualquer comparação era agora colocada em perspectiva, não face aos seus pares, mas sim face às referências do passado. Através de um duplo álbum irrepreensível, apontava agora para o folk norte-americano, sem perder de vista uma simplicidade pop desarmante e a lúdica exploração de samples e de outros recursos electrónicos.



Ao longo das semanas em que trabalhou no seu duplo-álbum, compôs ainda para Juliette Gréco e Françoise Hardy. Assinou a banda sonora do filme Clara et moi, antecâmara de Négatif. Editou Home, gravado no estúdio de sua casa com a sua mais recente companheira, a actriz Chiara Mastroianni. Todos estes trabalhos foram recebidos com enorme entusiasmo, particularmente este último pela surpreendente participação da actriz.

Porém, a sua relação com a imprensa rapidamente ultrapassou este estado de graça, muito devido à personalidade forte de Biolay, pela sua frontalidade e avidez em disparar sobre quem menos lhe agradava, sobre os seus pares e todos aqueles que procuravam saber mais sobre a sua relação do que do seu trabalho.

Regressado em 2005 com o álbum À l'origine, demonstrou este sofrer de um claro momento de desinspiração. Trata-se de um trabalho caótico e de exageros. Mais pop que qualquer outro de Biolay. Excessivamente orquestrado. Perdido.



Tendo vendido apenas 50000 exemplares, eis o perfeito alibi para que a imprensa que o aclamou outrora, pudesse agora apontar-lhe a sua mira. Biolay, ele mesmo perdido numa ruptura pública com Chiara, deixou Paris, rumando até à cidade de Woodstock, NYC.

Ei-lo de volta com Trash yé yé. A recuperação do tempo perdido. Um longa duração onde reencontramos o Biolay promissor dos dois primeiros álbuns. Um trabalho transgressivo, como as suas letras, marcado pelo folk norte americano e despojado de quaisquer artifícios. O próprio Biolay assume toda a instrumentalizaão, e mais uma vez, a co-produção do mesmo.



A mesma imprensa que o exilou, não se coibe de, novamente, proclamar o seu inspirado regresso, encontrando em Biolay o seu parceiro para esta estranha dança, quando este não se coíbe também de, nas entrevistas que promovem este Trash yé yé, recorrer a um rol de termos menos agradáveis com que brinda jornalistas ou músicos como Bénabar e Zazie...

C'est du trash... yé yé!



Metro realizado por Pedro Sousa e Carla Lopes

Polly Jean sob o efeito do éter



PJ Harvey
"When Under Ether" (live @ Copenhagen Opera)

"The ceiling is moving
Moving in time
Like a conveyor belt
Above my eyes

When under ether
The mind comes alive
But conscious of nothing
But the will to survive

I lay on the bed
Waist down undressed
Look up at the ceiling
Feeling happiness
Human kindness

The woman beside me
Is holding my hand
I point at the ceiling
She smiles so kind

Something's inside me
Unborn and unblessed
Disappears in the ether
One world to the next
Human kindness
"

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Metro : terça.18.setembro.2007



Akron/Family: Love Is Simple
"Love, Love, Love (Everyone)"
"There's So Many Colors"





Marla Hansen: We
dding Day (EP)
"A Friend
Indeed"
"Wedding Day"





PJ Harvey: White Chalk
"When Und
er Ether"
"White Chalk"
"The Mountain"


por Inês Patrão e Pedro Arinto

sábado, 15 de setembro de 2007

People Press Play





















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enjoy. or not.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Metro : terça.11.setembro.2007

Interpol: Turn on the Bright Lights (2002)
"NYC"


Mirah and Spectratone International: Share This Place: Stories and Observations
"Comm
unity"
"Gestation of the Sacred Beetle"
"My Prize"

"Luminescence"


links:
Pitchfork (crítica)
Stereogum (notícia + mp3's)
Obscure Sound (blog)




Chris Ga
rneau: Music For Tourists
"First Place!!
!"





Scout Niblett: This Fool Can Die Now
"Do You
Want To Be Buried With My People?" (feat. Will Oldham)
"Moon L
ake"
"Dinosaur Egg"



Realização e locução: Inês Patrão e João Terêncio

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Trois rendez-vous

Três temas que nos conhecem bem. Três formas diferentes de os sentirmos estranhos. De assistirmos à sua constante transformação, seja pelas mãos do seu criador, seja pela recriação de um outro autor. Prova que as faixas de um álbum nunca devem permanecer estanques, deixadas para trás, intactas...


Au Revoir Simone Dark halls (Les Inrocks session 2007)

De uma radio session gravada em Paris, para a publicação Les Inrockuptibles, ressurge-nos Dark halls, faixa presente no álbum The bird of music, um dos trabalhos mais inspirados deste ano de 2007. Versão DIY interpretada por Heather, Erika e Annie.


Vincent Delerm Déja toi (TV5 session 2007)

Versão de Déja toi gravada por Vincent Delerm aquando da apresentação de Les piqûres d'araignée aos espectadores da TV5. O intro no xilofone confere uma maior elegância ao tema, quando comparado com o original, sendo ainda enriquecido pela participação do trompetista Ibrahim Maalouf, referência maior da música de expressão magrebina em França.


Ben Folds Such great heights (Australia JTV session 2006)

Há alguns dias, em alguns blogs, encontrei referências a esta versão do tema de Ben Gibbard/Jamie Tamborello. Consegui então encontrá-la e fiquei surpreendido com o resultado, não só pelo facto de se tratar de Ben Folds, rapaz cujos trabalhos não me entusiasmam, como também por ser tão difícil chegar ao patamar do original dos Postal Service. É bom nos enganarmos desta forma.


Pedro Sousa

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Fogo e gelo


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In our bedroom after the war

Brevemente o vento soprará frio de Outono em Montreal.
No mesmo cenário duro, com uma mesma melancolia urbana que traça a giz contornos adolescentes de futuras personalidades, os Stars lançam mais um eco de uma tal de poesia quotidiana em forma de disco. “In our bedroom after the war” segue fielmente o desejo de contar com travo amargo e rasgos de humor e ironia, a crueza das relações humanas, como tão bem já o tinham feito em “Set yourself on fire” (2004). Mas não se esquiva de assumir, com igual subtileza que ferra, uma posição política.

Dentro do “quarto” estamos agora seguros e abrigados, mas não está esquecido o que se passou lá fora. Dentro do “quarto” está quente, está um calor que os Stars deixam percorrer estas canções, como a bonança depois da tempestade.

Começa na alquimia de vozes – Torquil Campbell e Amy Millan estão mais cúmplices que nunca, e o que dizem exige ser ouvido. As letras arrebatam e obrigam a um silêncio, para que se escutem as palavras e se construam cenários. Os arranjos ganham força pelo despojamento e produção polida, onde nenhum instrumento está a mais e o colectivo brilha ao trabalhar fórmulas pop, daquelas que nos habituámos a ouvir saídas das guitarras e teclados de uns Eels, que tal como os Stars, nos habituaram a uma densidade, que parece ter ficado para trás na invenção das novas tendências da pop contemporânea. A música de “In our bedroom after the war” tem carga emocional, positiva ou negativa q.b., e vem sacudir o frio de Montreal – os Stars oferecem uma redenção em forma de música como nunca tão bem tinham feito, e que manterá quentes os ouvidos e a alma neste Outono.



What is free to a good home?

A voz de Emily Haines poderia perfeitamente bastar para se prestar uma boa parte de atenção a “What is free to a good home?”, EP onde a música é minimal, entre um piano e uma guitarra e uma das mais enigmáticas e interessantes intérpretes do Canadá actualmente. Existe uma aura à volta de Emily muito para além da evidência das melodias simples e pouco ambiciosas – existe uma suavidade que consegue ser visceral e uma doçura hipnótica. O que fomos conhecendo do seu trabalho com os Metric e Broken Social Scene aparece aqui reduzido, num registo despido em formato confessional, íntimo, um one woman show, dedicado à memória do seu pai, o poeta Paul Haines, de quem aqui canta alguns versos. E quando se chega a ver algum registo de Emily Haines & the Soft Skeleton ao vivo, já se adivinhou há muito que ela tem algo de especial.



In our bedroom after the war (Arts & Crafts; 2007)
01. the ghost of Genova Heights
02. the night starts here
03. personal
04. take me to the riot
05. bitches in Tokyo


What is free to a good home (Arts & Crafts; 2007)
01. rowboat
02. the bank
03. sprig


Autoria e realização de Carla Lopes e Pedro Sousa

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Metro : terça.4.setembro.2007


George Thomas and the Owls: Concert for Two Bicycles
"The Story of the Anemone and the Nematodes"
"In the Dirty Sunshine"
"Washing Line Song"




Lamb: What Sound (2001)
"Small"

Lou Rhodes: Bloom
"Never Loved a Man (Like You)"
"Bloom"




Ani
mal Collective: Strawberry Jam
"Peacebone"
"Cuckoo Cuckoo"
"Derek"






vídeo: "Peacebone" (single)

Primeiro Metro a 3 pelo trio de 3 elementos: Inês Patrão, Carla Lopes, Emanuel Botelho

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

São (berlindes) gigantes, senhor!




















se és pequenino, nasceste depois de 1980 e não te apercebeste ainda que antes de nasceres se lançaram uns quantos discos jeitosos, não desesperes. a tua ignorância vai diminuir um disco a partir de hoje.

estes três britânicos da foto decidiram gravar vinte e uns quantos temas em condições e ideologia lo-fi no final dos anos 70, porque os outros miúdos andavam a fazer muito barulho com o punk. como só estavam preparados para o fracasso, separaram-se pouco depois do lançamento do primeiro disco. só deixaram este lp para a história, mas que grande história ficou para contar (2007 é ano de edição definitiva). agora vá, pega no disco e cala-te. vais precisar de silêncio para ouvir isto.

site oficial

inês patrão