sábado, 31 de maio de 2008

Diário do Primavera Sound: 29/05

É preciso dizê-lo: o Primavera Sound é muito provavelmente o melhor festival do mundo. Não há grande coisa a explicar. É só e apenas a melhor recolha de artistas da actualidade e não só. Mas já lá vamos.

Quinta-feira, 29 de Maio:

O dia foi longo. como seria de esperar. Foi necessário pesar prioridades. MGMT pode ter sido muito bom, mas eu escolhi Mt. Eerie e não posso arrepender-me. Tudo por aqui é demasiado bom. A tarde seguiu com The Microphones (nada mais nada menos que Phil Elvrum, um dos Mt. Eerie). Um concerto intimista, como seria de esperar, no palco "All Tomorrow's Parties", muito possivelmente o melhor espaço para quem veio unicamente à procura de música.

As prioridades pesaram a seguir para o palco "Vice": Enon e Health de seguida. Um arranque frenético mas necessário, para uma noite que prometia o melhor. Depois foi correr para o palco CD Drome, onde actuaram Caribou, Prinzhorn Dance School e Midnight Juggernuts. As expectativas foram no mínimo superadas, é preciso dizê-lo. É fácil e perceber porquê: Dois dos melhores projectos da actualidade do panorama indie rock, seguidos de uma dupla responsável por muitos saltos em pistas de dança um pouco por toda a parte.

Tudo por aqui vale a pena; é fácil de perceber porquê: tudo por aqui é fantástico. Vive-se um ambiente de celebração absoluta. A motivação generalizada é a música. Nada mais, nada menos. As bandas dispensam roadies e fazem o seu próprio sound-check. A entrega, no momento de pisar oficialmente o palco, é absoluta. Os sorrisos notam-se não só no público, mas também nos artistas, que parecem não contar com tal recepção. Estamos, é importante dizê-lo, em Barcelona. Não há grande espaço para vedetismos bacocos.

O Primavera Sound é, muito possivelmente, o melhor festival do mundo. Admitindo com reservas que não o é, será pelo menos a melhor montra musical da actualidade na Península Ibérica. Vale a pena a visita, não só pela música, mas também pelo ambiente que se vive. Toda a gente por aqui respira música por todos os poros.

Amanhã é mais um dia de escolhas difíces, como seria de esprar. Não se trata ó de prescindir de Bill Callahan pelos No Age, as escolhas tornam-se mais difíceis ao longo do dia. Autolux ou Sebadoh? Why? ou DEVO? Ellen Alien ou El Guincho? Holy Fuck ou Supermayer? Tudo por aqui vale a pena. Moeda ao ar?

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